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Cegos Pugilistas

by Cidade Estéril

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1.
Ela morreu nos meus braços Nas escadarias do Liceu. Os homens da lei nos culparam Por estarmos ali a sonhar. Corri na Maranhão sem direção alguma, Sem minha alma que negou-se a me ajudar Eu sei que a minha Teresina é pequena demais E que de alguma forma alguém vai me encontrar. Seu sangue ainda está aqui na minha roupa E o seu cheiro acabou de matar. Eu só queria levá-la em nuvens de outrora Nas ilhas temporárias e adormecer. Acordar embaixo d'água sem nos preocuparmos Com a falta de ar ou se vai anoitecer. Eu sei que a minha Teresina é pequena demais E que de alguma forma alguém vai me encontrar. Seu sangue ainda está aqui na minha roupa E o seu cheiro acabou de matar. Eu sei que a minha Teresina já não é tão minha E se não for, não vai ser de mais ninguém.
2.
Seu Zé 04:28
Ei, você que é daqui Me ensina a ser assim. Eu não sou daqui Eu não sei mentir Cantar, cantarolar Correr e se espantar Voltar e desistir, Mas nunca desistir. Roubar o que já matou/ O que já te criou Ele já te amou/ Já te mereceu Respeita o Seu Zé/ Eu sei que ele quer correr e te abraçar Voltar a te chamar/ calçar o teu boné Eu ouvi dizer/ queria ver você antes de morrer E o que se vê na calçada é um homem de calça rasgada Ao chorar, é de temer, desculpa Zé... Não foi por merecer. Em frente a gravata/ Eu peço perdão Mas quem me enganou / foi quem me deu a mão Perdão, meu pai! Eu não estava aqui Agora que cheguei e te vi assim.
3.
Mais um prato, mais um lugar na mesa. Atento as boas novas, atento as incertezas. Mais um vício, mais um dia perdido. Ninguém passa na rua aos olhos do bandido. Mais um pouco, eu entro em decadência. Transformo ferro em vida, no auge da demência. Mais um louco dizendo à parede “me dê mais um abraço, ainda sinto sede” Não tenho tempo pra loucura Não tenho tempo pra fingir que não me importo em existir Que não me importo em existir... Toda cor é linda quando ela é colorida Mesmo apagada, eu te apago sem temer. O preço mais alto, mas tu sabes, vale a pena. É que sinto pena acordar sem perceber. Verso que me guia: acefalia ou atrofia Acordo no relento percebendo que ao dormir Já desperdicei algumas horas até aqui Já desperdicei tudo que eu consegui Vou andando cego; cego ando a caminhar... Caio, me levanto, mas não paro de pensar Que esse belo dia vai fazendo me esquecer Que amanhã é outro e outro tenho que viver... Não tenho tempo pra loucura Não tenho tempo pra fingir que não me importo em existir Que não me importo em existir...
4.
O retrato falado que circula Pelas mãos amarelas desse meio Bate a porta. A cabeça dura de achar em tudo um defeito. Os neurônios ainda estão intactos A retina que cobre a metade. Todo mundo. Quem é todo mundo? Eu sou mais uma praga da cidade. Eu não vou pedir perdão To cansado de saber Do amor à solidão: é mais fácil enlouquecer. Todo grande dinheiro tem seu troco Toda cara fechada tem seu rosto Toda morte chorada tem seu gosto Todo rei abatido tem seu trono Toda alma perdida tem seu dono Toda noite em claro sinto sono. Eu sinto sono, eu não vou mais dormir... O guia intensamente pela escuridão Dando assim capaz para eternizar O azar pior que ele tem em mãos Mãos que são capazes de nos controlar Prova do suor que já é amargo Magro e descalço numa encruzilhada Deixo sua alma adormecer no corpo O corpo acorda e não sente nada. Como vai? Eu vou bem. Eu só quero descansar. Não engana mais ninguém com esse jeito de falar. Todo grande dinheiro tem seu troco Toda cara fechada tem seu rosto Toda morte chorada tem seu gosto Todo rei abatido tem seu trono Toda alma perdida tem seu dono Toda noite em claro sinto sono. Eu sinto sono, eu não vou mais dormir...
5.
Castelo 03:42
Ele quer sair de novo/ Se jogar em outra festa Ele quer sentir o povo, aproveitar o que lhe resta. Ele quer sentir o novo, sem se despedir do velho. Ele quer sorrir a toa, a voltar pro seu Castelo. Vai... e volta quando bem entender O dono dessa festa é você Não há motivos pra desanimar Todo dia é dia de nascer Ele quer sair de novo/ se jogar na mesma festa Mas ele não tem o pouco, dessa vida que lhe resta. Ele quer sair na rua e contemplar a imensidão Ele quer dormir no claro e caminhar na escuridão. Vai... e volta quando bem entender O dono dessa festa é você Não há motivos pra desanimar Todo dia é dia de nascer

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Agradecimentos

Este trabalho é dedicado aos amigos e familiares que estiveram conosco antes e durante de todo o processo de gravação. Ao pessoal que ajudou na primeira e falha tentativa de arrecadar grana pra gravação, comprando os livros e compartilhando nas redes sociais. À Geração TrisTherezina pela união e companheirismo de sempre. Ao grande Nilo Roque, pela paciência e por ter acreditado no nosso trabalho. E a todos os amigos que, seja com palavras, seja emprestando guitarra, seja cedendo sua casa nos ajudaram a manter o sonho de Pé. Conseguimos.

credits

released April 11, 2017

Cidade Estéril - Cegos Pugilistas (Full p 2017)

Lançado pelo selo/coletivo Geração TrisTherezina a 11 de Abril de 2017

Todas as canções de autoria de João Pedro Alves, exceto Mais Um Prato, parceria de João Pedro Alves com Paulo Cobardolas.

Todo o instrumental gravado por Pablo Vinícius
Voz: João Pedro Alves
Arranjos: Pablo Vinícius
Teclado em Ilhas Temporárias por Valciãn Calixto
Produção: Nilo Roque e Pablo Vinícius
Período de gravação: Outubro 2016 a janeiro 2017
Capa: Fotografia de Sandra Heun com Arte de Fellipe Portela

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Cidade Estéril Teresina, Brazil

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